top of page

Quando me tocou, deixou algo em mim

Realidade Virtual - 2021

O trabalho é um espaço em Realidade Virtual onde tudo é texturizado com a pele do artista.  Inspirado por um sonho, o trabalho levanta questões sobre uma distopia vigilante e biométrica. Os sistemas digitais utilizam cada vez mais a leitura biométrica como identificação pessoal. As linhas desenhadas nas nossas mãos são responsáveis pela criação de uma identidade vigiada. A pele orgânica entra em contato com superfícies sensíveis ao toque, que nos reduzem a dados digitais que se relacionam uns com os outros. 

Serão estes fragmentos de dados relacionais que vêm definir a humanidade? Podemos reduzir todas as relações humanas e não-humanas a isto? Quais são os possíveis encontros e qual é o significado do toque neste contexto? São questões contraditórias que incluem a pele como órgão do tato, o toque como intimidade, e a pele metrificada como identidade. O trabalho explora estas questões através de uma experiência imersiva visual e sonora. 


    As texturas foram criadas através da digitalização de diferentes partes da pele do artista. Estas imagens foram agrupadas para criar conjuntos semelhantes a colagens de diferentes segmentos de pele, produzindo uma variedade de texturas que poderiam ser aplicadas a diferentes objetos.


    O terreno do ambiente possui um leve movimento que acontece a partir de um processo generativo.  O movimento do terreno afeta todos os objetos do ambiente que, ao moverem-se, são levemente deformados, fazendo com que a textura da pele também sofra pequenas variações. Desta forma, o ambiente cria novas combinações dermatoglíficas, como se estivesse à procura da sua própria impressão digital. Enquanto isso, se escuta a declamação de um texto.

bottom of page