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Como dizer adeus 

Instalação interativa - 2016

A instalação é composta por uma mão de gesso com  um fio metálico que é conectado a uma placa Arduíno, tornando-a sensível ao toque. Há uma projeção de vídeo na sala de uma tela preta com o título “como dizer adeus”, à medida que o interator aproxima a sua mão da peça, o vídeo começa a aparecer, à medida que o interator solta a mão, o vídeo escurece novamente, permanecendo somente o áudio e o  título inicial, à espera de um novo encontro de mãos.

O trabalho propõe uma reflexão interativa sobre os rituais de despedida, explorando a relação simbólica das mãos e do toque nesses contextos. Aceitar a finitude é uma tarefa difícil. Criamos vários rituais diários para lidar com a ausência de pessoas ou objetos. Apertar as mãos é um acordo social, dizemos alô, apertamos as mãos, dizemos adeus, apertamos as mãos. Desta forma, criamos linearidade e delimitamos encontros e momentos com outras pessoas. 


    Porém, quando essas memórias são armazenadas em nosso cérebro, essa linearidade nem sempre faz sentido, o próprio toque torna-se uma codificação de memória. Conforme os relacionamentos começam a se desenvolver, junto com o envolvimento emocional e a criação da memória, as interações se tornam mais complexas e profundas. O toque ganha uma função mais importante e presente, de modo que seguir um protocolo de despedida não faz mais sentido. 

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